A Prefeitura de Santos vai congelar a tarifa do transporte público municipal neste ano, ampliando os recursos destinados ao subsídio mensal de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Assim, o reajuste não será repassado ao usuário, que continuará pagando pela passagem os atuais R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro do ano passado. Caso não houvesse aporte da Prefeitura nos últimos anos, o valor total a ser pago pelo passageiro seria de R$ 6,75, ou seja, R$1,50 a mais por viagem.
“Trabalhamos para congelar o valor da tarifa por mais um ano, sem qualquer aumento no preço da passagem, o que é muito importante para as pessoas que fazem uso do transporte público de Santos. Além disso, vamos cobrar as melhorias que nossas frotas e linhas precisam para oferecer um serviço cada vez melhor aos usuários do sistema”, disse o prefeito Rogério Santos.
A atualização anual do valor da tarifa está prevista no contrato de permissão com a Viação Piracicabana, empresa que opera o serviço na Cidade. A definição do novo preço considera, entre outros fatores, a elevação de custos de combustível, lubrificantes, peças, acessórios e folha de pagamento. Contudo, o maior impacto na atualização da tarifa está relacionado diretamente à redução do número de passageiros pagantes transportados.
Vale lembrar que o cálculo final da tarifa é um rateio do custo total do transporte entre os usuários pagantes do sistema. E, desde a pandemia, a quantidade de usuários não retomou aos índices de anos anteriores, quando chegou a 3.200 milhões de passageiros/mês. Em 2023, o total de passageiros pagantes foi de cerca de 1.500 milhão/mês.
O aporte público para custeio da tarifa de transporte é um mecanismo previsto em lei municipal, desde 2015, e utilizado por várias cidades do País para incentivar o seu uso. O esforço do governo municipal com a ampliação do subsídio é para garantir ao usuário um serviço com qualidade e menor impacto possível na sua renda. E, dessa forma, evitando também uma perda ainda maior de passageiros no sistema.
ESTUDO
Levantamento atualizado da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) aponta que o transporte público segue sofrendo as consequências da pandemia de covid-19. Os ônibus, assim como os sistemas sobre trilhos, vivenciaram uma perda de demanda de passageiros que chegou a 80% durante a crise sanitária e, mesmo agora, ainda não conseguiram recuperar o volume de antes da pandemia.
O estudo da NTU aponta que a situação está um pouco melhor no pós-pandemia, mas que a recuperação foi apenas parcial. E que, diante da demora do retorno dos passageiros, a expectativa é de que eles tenham deixado o sistema de vez, cada um por uma razão. Entre elas, as principais são a crise econômica, os aplicativos de mobilidade urbana e o avanço do home office.
Esta iniciativa contempla o item 17 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Parcerias e Meios de Implantação. Conheça os outros artigos dos ODS