A preparação dos sistemas públicos de transportes municipal e intermunicipal para a etapa 2 do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) em Santos foi o tema da reunião, quarta-feira (26), no Parque Tecnológico de Santos, com representantes dos gestores e operadores das três redes de serviços.
Conforme o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), Antonio Carlos Silva Gonçalves, empresa gestora do sistema municipal, neste momento, visando o início da circulação da nova linha do VLT, o trabalho é estudar várias situações envolvidas, tais como: fazer as integrações dos ônibus municipais e intermunicipais com o VLT e como melhorar a fluidez para os coletivos na área urbana, seja com corredores exclusivos ou de uso compartilhado, de maneira a proporcionar velocidade comercial mais adequada. De acordo com os dados apurados, os ônibus em Santos circulam atualmente com velocidade comercial de 9km/h. “É uma velocidade muito pequena e demanda tempo maior no percurso. O objetivo é que se chegue a 20km/h, para melhorar a qualidade do serviço e ter uma pontualidade mais aceitável para o usuário do transporte coletivo da Cidade”, ressaltou Gonçalves.
ESTUDOS CONJUNTOS
Paulo Cesár, da equipe de planejamento operacional da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), gestora do VLT, ressaltou que os estudos em andamento são desenvolvidos em conjunto com a CET-Santos e as operadoras dos sistemas, visando a otimização das redes de ônibus a partir da implantação da segunda linha do veículo elétrico. A primeira etapa desse trabalho já mostrou impacto direto na sobreposição do novo trecho do VLT com oito linhas – quatro municipais e quatro intermunicipais, revelou ele.

Já o diretor do grupo formado pelas empresas BR Mobilidade (operadora do VLT e das linhas de ônibus intermunicipais) e Viação Piracicabana (permissionária das linhas municipais), Alceu Cremonese Júnior, afirmou que a central de planejamento dispõe de técnicos e ferramentas tecnológicas modernas para oferecer os dados necessários para fundamentar os estudos e adoção das medidas para a integração dos sistemas. “O propósito é melhorar a fluidez para o transporte público e reduzir tempo com deslocamentos. O funcionamento integrado das redes representa menos custos de operação, o que significa também menor custo para o usuário”.
O diretor de Transportes Urbanos da CET, Murilo Barletta, e toda a equipe técnica do setor, também participaram do encontro.
A ETAPA 2
O novo trecho do VLT terá oito quilômetros de extensão e ligará a Linha 1 (a partir da Estação Conselheiro Nébias) ao Valongo, na região central, em processo de revitalização. A previsão é de transporte de 35 mil passageiros/dia.
Esta iniciativa contempla o item 9 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Indústria, Inovação e Infraestrutura. Conheça os outros artigos dos ODS
Fotos: Carlos Nogueira/Arquivo PMS e divulgação